C.S.
Lewis aborda diretamente ao leitor a atual situação da criança no mundo
literário. O que seria aquilo que uma criança (supostamente) precisa? E aquilo
que ela precisa, seria também o mais adequado para o seu desenvolvimento? Estas
perguntas são lançadas ao leitor durante o decorrer dos parágrafos de Lewis.
Separando
o “mundo infantil” do “mundo essencialmente cômico”, o autor quebra a ideia que
muitos ainda carregam de que o que é escrito para uma criança obrigatoriamente
deverá ser engraçado e sem grandes perigos.
Trazendo
à tona uma situação de contraste, ele também mostra como os pais idealizam
histórias realistas demais nos filhos e os privam de ler a fantasia, que tanto
ajuda no desenvolvimento da criança. Citando Tolkien e Jung, Lewis expõe as
ideais dos dois grandes pensadores sobre a literatura de fantasia para crianças
e a tênue linha que separa “uma história contada para crianças” de “uma história
proibida para adultos”.
“Três
Maneiras de Escrever para Crianças” merece ser lido com bastante atenção, até
porque não traz diálogo algum. Se o leitor achar demasiado enfadonho ter em sua
frente extensos parágrafos com argumentos defensores, melhor se preparar para
ler esta obra. Mas que leia, julgue como um bom leitor e, espero, que a criança
guardada em cada um de nós aprecie o que Lewis tentou nos dizer.
Raíssa Victória Muniz
13/01/13
Nenhum comentário:
Postar um comentário