Ajude-me a lançar meu primeiro livro.

Para mais informações, clique aqui!



Como todo mundo já está cansado de saber, ser escritora sempre foi um sonho que marcou toda a minha vida. Aos 6 anos eu decidi que queria me aventurar escrevendo e comecei fazendo críticas literárias de livros infantis (para entregar a resenha e ganhar um novo). Aos 8 escrevi meu primeiro romance (ficção, universo fantástico) e publiquei na internet. Foi minha primeira grande recepção com um público. Consegui cerca de 400 leitores cadastrados (lia quem se cadastrava e tal) e por muito tempo esse foi o meu maior passatempo. Pois bem, escrevi outros livros. De vários outros temas. Livros que ainda hoje guardo no HD, na gaveta, no guarda-roupa... Procurei tentar escrever de tudo (crônica, crítica, conto, poesia, romance, peça teatral, reportagem, carta...) e descobri que eu AMO o que faço.

Hoje, 10 anos depois, da grande decisão, estou tentando dar um suspiro de coragem e começar a tirar da gaveta/HD/guarda-roupa os livros que eu já escrevi (e continuo escrevendo). Quero enfim lançar meu primeiro livro. Se fosse por minha vontade, teria lançado com 8 anos, quando escrevi o primeiro. Mas todo mundo sabe que "ser" escritor no Brasil é MUITO complicado, e no Piauí não é diferente. O fato é que eu, minha família e um grupo de amigos estamos organizando para que eu enfim possa realizar meu sonho. E começar a publicar tudo que já escrevi.

Calma, isso ainda não é o início do projeto! É só um convite feito com muito carinho para que mais pessoas possam conhecer um pouco do que eu faço e disponibilizo na internet (publico muito pouco aqui, na rede, porque já tive problemas com plágio em outros blogs). Quando o projeto começar, você vai poder ajudar comprando o livro e outros acessórios personalizados dele. Adiantando: vou utilizar o site Catarse para arrecadar, então terei uma meta ($$$$) para conseguir em até 60 dias e o site ficará com 13% do dinheiro. Eu só vou receber a quantia necessária se conseguir a meta. Caso contrário, todo mundo que ajudou recebe o dinheiro de volta e eu procuro uma outra forma de lançar (mas não vamos pensar no pior agora...).

Como você pode ajudar desde AGORA: divulgando essa imagem ou o blog entre seus amigos.

O convite foi feito! Conheçam a página do blog: 45 dias de reabilitação (por Raíssa Muniz) e visitem o link www.raissa-muniz.blogspot.com.br

Como eu já disse, ainda não é o estopim do projeto. Mas é uma prévia do que vai acontecer. Conto com a sua ajuda/divulgação. Quando a meta ($$$) do site abrir, vou precisar vender muitos livros para receber o dinheiro do custo.

Obrigada pela atenção! 


Eu já não sei dizer adeus.



Eu, ainda criança, conheci um fato maravilhoso sobre a existência humana: os mortos também voltam. Quando menos se espera, sem qualquer sinal de resignação. É uma situação que foge ao nosso controle.


Longe de qualquer conotação religiosa ou espiritualista, repito: os mortos também voltam. Mortos circunstanciais, eu diria. Não sei legitimar uma classificação correta para a situação. Tampouco me atrevo a criar um neologismo para tal. O tempo (esse nefando necessário) foi roubando um pouco da criatividade que eu ainda tinha. Já não sei ver carneiro através de caixa.

Os mortos também voltam. Os circunstanciais. Uns voltam rapidamente, outros demoram alguns anos. Já não recordo quanto tempo, exatamente, foi arrastado desde a morte repentina e o retorno mórbido do meu primeiro morto circunstancial. Em um momento sinto como se fossem anos, noutro instante me deparo com a possibilidade de terem sido meses. Os registros, contudo, confirmam: foram anos. As memórias de um escritor tornam-se migalhas em um liquidificador quando as palavras correm de encontro à sua história.

Ex-preso político revela memórias de censura após 5 prisões e reclusão no Canadá, no período da Ditadura Civil-Militar.

Na ocasião da entrevista. Da esquerda para direita: João Guilherme Lopes, o entrevistado Antônio José Medeiros, Raíssa Muniz e Nicácia Carvalho.

Texto escrito por Raíssa Muniz

Entrevista realizada no dia 24/05/14.


No cerne da ditadura civil-militar, o Brasil urrava na dualidade de opressão e resistência.  Muitos locais já são largamente estudados pela historiografia nacional, embora outros permaneçam com pesquisas mais tímidas — conquanto de cunho igualmente grandioso.  O estado do Piauí está incluso no segundo grupo.  Ainda que geograficamente afastado da região que concentrava os conflitos, o Piauí guarda até hoje memórias vivas daquele período.  Como grande exemplo, temos Antônio José Castelo Branco Medeiros, que hoje tem 64 anos e é natural de União – PI.  Na época da opressão, Antônio era solteiro, vivia em Teresina — em uma pensão de estudantes — e cursava Filosofia.  Atualmente, é classificado como professor universitário aposentado, ex-docente da UERJ, doutorando em Sociologia pela Universidade de Brasília, ex-vereador de Teresina e ex-deputado estadual e federal do Piauí.  Ademais, longe de falar sobre a censura ditatorial apenas como estudioso ou observador, Antônio traz uma peculiaridade por trás do semblante sereno: é um ex-preso político da ditadura.  Líder de movimentos estudantis e membro de um círculo social esquerdista, foi preso 5 vezes em caráter oficial, embora traga consigo outros tantos episódios de repressão daquele período.